Violência nos bancos aumenta, dizem vigilantes

Sindicalistas atribuem à falta de guardas 24 horas o crescimento nas ocorrências gerais de 2013 para cá. Federação dos bancos discorda

O último levantamento da CNTV (Confederação Nacional dos Vigilantes e Prestação de Serviço) aponta que, no primeiro semestre de 2014, houve um aumento de ataques a bancos (que inclui assalto de qualquer natureza) em relação ao mesmo período do ano passado: foram 403 registros em 2014 contra 334 no ano passado. Os dados fazem parte da 7ª Pesquisa Nacional de Ataques a Banco, da CNTV.

Para o presidente da CNTV, José Boaventura Santos, há um efeito facilitador, por parte dos bancos, em estimular os ataques aos caixas. Parte disse se deve à retirada dos vigilantes em tempo integral das agências bancárias.

“Mais de 80% das agências não possui vigilância 24h. Só se restringe ao tempo de funcionamento. A própria possibilidade do vigilante em ajudar e combater isso deixa de ser algo essencial porque ele está fora do banco”, disse.

Santos também criticou a falta de estrutura adotada pelos bancos para evitar os ataques, que são constantes em todo o país. “Os bancos não têm se interessado em buscar alternativas concretas. O que nós vemos são experiências pontuais, como fumaça e tinta rosa para manchar o dinheiro. Mas isso não inibe os bandidos”.

Bancos / Em nota, a Febraban (Federação Nacional dos Bancos) diz que atua em parceria com as polícias Civil, Militar e Federal e com o Poder Judiciário, e “colabora nas investigações dando todo o suporte para as autoridades”. Ainda segundo a federação, entre 2003 e 2013, os bancos investiram R$ 9 bilhões em segurança física.