Vigilantes entregam a pauta da Campanha Salarial e não descartam greve

Diretores do Sindicato dos Vigilantes de Barueri e do Sindicato dos Vigilantes de Mauá, acompanhados de representantes de outras entidades estiveram na manhã desta quinta-feira, 22, no sindicato patronal Sesvesp para a entrega da pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2018/2019.

De acordo com Amaro Pereira, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Vigilância (CNTV) e presidente do Sindicato de Barueri, agora é preciso aguardar que o sindicato patronal agende uma reunião para o começo das negociações. Ele acredita, entretanto, que talvez sejam necessárias medidas mais enérgicas, como uma greve, por exemplo. Isso porque o Sesvesp deve negociar diretamente com a Federação dos Vigilantes, a Fetravesp, como já vem fazendo ao longo dos anos.

Segundo Amaro, este modelo de negociação já não atende mais os anseios dos vigilantes porque não resulta em ganho real de salário e nem benefícios para os profissionais. Por isso, diz, é preciso mudar. “A nossa pauta está entregue, está nas mãos deles. Enquanto isso nós vamos de ficar de braços cruzados? Não! Agora o jogo começou. Se não houver diálogo temos que nos organizar e fazer uma grande reunião e, se for o caso, fazer uma greve”, explicou.

“Por mais que o sindicato patronal tenha sido receptivo ele já elegeu com quem vai negociar: ele vai negociar com a federação e com aqueles que defendem a federação”, disse. “Queremos participar das reuniões e das conversas. Não iremos aceitar o  que está sendo negociado pela federação”, prosseguiu.

Por sua vez, o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Mauá, Jonas Franco, enfatizou que qualquer mobilização, para ser bem sucedida, tem ser feita com organização e sempre contando com a adesão dos trabalhadores. “Só a participação do trabalhador é capaz de mudar essa realidade. Sindicatos sozinhos não fazem nada”, explicou.

Franco destacou ainda que se Convenção Coletiva não for assinada até 1º de janeiro ela perde a validade e muitos direitos dos vigilantes podem ser retirados. “Nós não podemos ter nenhum tipo de temor por conta disso. Pelo contrário: vamos sair das redes sociais e reagir”, finalizou.