Vigilantes de Brasília decretam greve

Em assembleia realizada na noite desta última quarta-feira (21), realizada na Praça do Cebolão, no setor Bancário Sul, os vigilantes do Distrito Federal, cerca de 20 mil profissionais que fazem a segurança de empresas públicas e privadas, decidiram, por unanimidade, entrar em greve por tempo indeterminado a partir de hoje, dia 22/1.

O ato, que contou com a participação de cerca de 2 mil trabalhadores, trata-se de demonstração clara de recusa da proposta reivindicatória da categoria pelo sindicato patronal (veja abaixo).

Confira as principais reivindicações da categoria x propostas do patronal

Reajuste salarial: 15% x 7%
Tíquete-alimentação: R$ 30 x R$ 25

Outras contrapropostas revoltam a categoria

A categoria também ficou indignada com mais duas contrapropostas do Sindicato Patronal: a criação do cargo de Vigilante Horista, que valeria apenas para os horários de almoço, estabelecendo o fim das horas extras, e o fim da estabilidade provisória para os vigilantes que ficam afastados da empresa por cerca de 90 dias, pelo INSS, por qualquer motivo, apesar de terem direito de garantia de emprego por, pelo menos, um ano.

Em cumprimento da Lei 7.102/1983, agências bancárias ficam fechadas

Com isso, em cumprimento da Lei 7.102/1983, nenhuma instituição financeira poderá funcionar sem a presença de, pelo menos, um segurança. Em virtude da decretação da paralisação, 85% das agências bancárias do estado não estão funcionando. Além disso, vários hospitais estão fechados, como o Hospital de Base – o maior do Distrito Federal, onde apenas um médico está responsável em garantir a segurança do local.

“Infelizmente, a greve nada mais mostra a realidade da falta de reconhecimento e valorização dos profissionais de segurança privada no Brasil. Por isso, é importante que a categoria se mantenha forte e unida para a conquista de seus direitos”, declara o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri, Amaro Pereira.

Nova assembleia para discutir a greve

Nesta quinta-feira (22), a partir das 17h, haverá uma nova assembleia para discutir os rumos da greve.

Foto e outras informações: Jornal de Brasília