Sindicato de Barueri leva debate sobre saúde mental dos vigilantes para audiências na Alesp

Diretores do Sindicato dos Vigilantes de Barueri participaram nesta semana de duas Audiências Públicas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Na primeira audiência, realizada pelo deputado Luiz Cláudio Marcolino (PT) na segunda-feira, 25/09, o debate girou em torno da Segurança Pública Básica e o Desenvolvimento Regional com foco nas Guardas Civis Municipais (GCMs).

Na ocasião o Sindicato dos Vigilantes de Barueri foi representado pelo seu presidente, Amaro Pereira, e pelo diretor Paulo Messias.

Em sua fala Amaro destacou que as guardas municipais são realidade nos municípios, mas que as GCMs não podem seguir pelo mesmo caminho da segurança privada. “Na segurança privada o homem é descartável. Não podemos permitir que nas GCMs os profissionais também sejam descartados”, discursou.

“Nós estamos no mês de setembro, mês do cuidado com a saúde mental. Como anda a saúde mental dos profissionais da segurança pública? Precisamos discutir. Nós não podemos pensar apenas em viaturas, uniformes, coletes, e não pensar na segurança mental e física e bem estar desses agentes”, concluiu.

Vigilantes tratados como mercadoria

Já na Audiência Pública realizada na quarta-feira, 27, pela deputada Beth Sahão (PT), e sob o título “Suicídio: Prevenção e Posvenção no Estado de São Paulo”, os dirigentes voltaram a tratar da saúde mental dos profissionais de segurança.

“A Segurança Privada pede socorro, deputada. Hoje no Estado de São Paulo nós somos 150 mil trabalhadores adoecidos por conta do estresse, pressão, medo, ansiedade e assédio moral”, lembrou Amaro.

Mas, segundo ele, diferentemente dos profissionais da segurança pública, os profissionais da segurança privada não têm apoio quando ficam doentes.

“Nós somos tratados meramente como mercadorias. Somos descartáveis e não temos o direito de adoecer, e quando adoecemos somos mandados embora”, pontuou.

“Além de tudo isso está gerando ônus para o INSS e elas não são responsabilizadas”, continuou.

Amaro destaca que é preciso falar sobre a responsabilização das empresas na epidemia de saúde mental dos vigilantes. “É inadmissível que uma empresa descarte um trabalhador quando ele fica doente”, finalizou.

Veja o vídeo com a fala de Amaro  Audiência Pública de quarta-feira: