Sindicato conquista primeira vitória para os vigilantes no caso Monitore

A justiça decidiu que a Liquigás é responsável pelo débito de terceirizada com os vigilantes – Imagem: Reprodução Google Maps

Os vigilantes da empresa Monitore Vigilância Patrimonial que prestavam serviço na Liquigás Distribuidora de Barueri tiveram uma importante vitória nos últimos dias.

A Justiça do Trabalho decidiu que a Liquigás Distribuidora é responsável pelo calote que a terceirizada deu nos trabalhadores.

De acordo com o processo a Monitore – que agora está em recuperação judicial – deixou de pagar salários, vale-refeição, vale-transporte, PPR, não fez a homologação e tampouco quitou as verbas rescisórias de 16 vigilantes do posto.

Processo ainda não terminou

O processo ainda não terminou, pois, a Liquigás Distribuidora recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) em Brasília para tentar reverter a situação.

Ciente do recurso interposto, o Sindicato promoverá a execução provisória do julgado contra as duas empresas e aguardará o julgamento em Brasília e a confirmação da decisão condenatória.

Segundo o presidente do Sindicato, Amaro Pereira, os vigilantes que prestaram serviços para a empresa Monitore devem procurar o ente sindical para indicar o período trabalhado para apuração dos valores devidos.

Ação do Sindicato foi fundamental

A ação foi proposta pelo Sindicato dos Vigilantes de Barueri. Assim que teve conhecimento dos fatos o Sindicato dos Vigilantes de Barueri procurou a Liquigás e a Monitore, mas não obteve retorno.

Diante da falta de disposição das empresas para tratar da questão os diretores se dirigiram até o posto.

Amaro explica que a contratante tem o dever de ­ fiscalizar os contratos e checar se a terceirizada está cumprindo sua obrigação.

Ele destaca que se a contratante não ­ fiscaliza é negligente ou até cúmplice, e enfatiza que ano após ano as empresas terceirizadas dão golpes nos trabalhadores, encerram atividades e vão embora sem pagar direitos básicos.

“Se a tomadora de serviço não for responsabilizada as terceirizadas continuarão lesando os trabalhadores”, finaliza.

Sobre as Empresas

A Liquigás – que pertencia a Petrobras – foi adquirida em dezembro de 2020 pela Copagaz, empresa dos grupos Itausa e Zahran por R$ 4 bilhões. Ela está há 14 anos em Barueri, no Jardim Mutinga.

Com sede no Rio de Janeiro, a Monitore Vigilância Patrimonial tinha até 2021 bases operacionais em 3 capitais (São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória) e atuava em ao menos duas outras cidades: Macaé/RJ e Barueri/SP.

Focada em vigilância patrimonial, segurança pessoal, segurança eletrônica e escolta armada, a empresa está sob recuperação judicial, segundo o site Portal da Transparência.