Saúde mental dos vigilantes é motivo de preocupação do Sindicato

Não é novidade para ninguém que os profissionais da Segurança Privada enfrentam situações de risco, violência, estresse e pressão constantes.

Entretanto, aliadas a essas situações, as condições precárias de trabalho, as baixas remunerações, o assédio moral e sexual, as duplas e até triplas jornadas o medo do desemprego tem adoecido cada vez mais os trabalhadores, resultando em transtornos psicológicos, emocionais e comportamentais, que muitas vezes são difíceis de diagnosticar e tratar.

É urgente discutirmos a saúde mental dos vigilantes, que têm sido vítimas dessa máquina de moer trabalhador.

ALERTA! PRECISAMOS FALAR SOBRE A SAÚDE MENTAL DOS VIGILANTES

É preciso que haja uma maior conscientização sobre o tema, uma maior responsabilização das empresas e das autoridades competentes, para que deem a devida assistência.

O Sindicato dos Vigilantes de Barueri e o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) têm um papel fundamental nesse processo, pois são responsáveis por diagnosticar o problema e encontrar soluções para prevenir e combater as doenças do trabalho.

É preciso provar as condições do trabalhador é que são a causa do adoecimento. Precisamos responsabilizar as empresas que têm lavados as mãos quando os trabalhadores mais precisam.

EXAME PSICOTÉCNICO: PORTARIA PERMITE QUE EMPRESAS DESCARTEM O TRABALHADOR

A situação do profissional da segurança privada é muito difícil, pois os trabalhadores são submetidos a exames psicotécnicos a cada dois anos, por força de lei, para manter o registro de vigilante.

E se o trabalhador for reprovado no exame psicotécnico, ele pode ser demitido por justa causa, conforme previsto na Portaria 18145/2023 da Polícia Federal.

Além disso, o trabalhador perde o registro de vigilante e fica impedido de exercer a profissão, o que tem levado centenas de trabalhadores ao suicídio.

FALTA DE DADOS É UM PROBLEMA A SER ENFRENTADO

A subnotificação é outro problema sério, e a falta de dados também.

Apesar de importante, infelizmente não há nada que materialize a doença mental dos vigilantes. Não há dados, não há estatísticas, não há números de mortes e nem de dispensas por conta desse problema.

As empresas não informam nada, nem quantos profissionais têm. Apenas mandam embora.

E é aí que acontece o pior.

Para combater esse inimigo é preciso conhecê-lo. Precisamos de números e dados sobre a saúde mental dos vigilantes. Precisamos de legislação sobre a questão.