Conferência Nacional dos Vigilantes debate atual cenário econômico desfavorável para trabalhadores

Nos últimos dias 3 e 4 de novembro, foi realizada a 14ª Conferência Nacional dos Vigilantes, em Brasília, um evento de relevante importância para os profissionais de segurança privada de todo o Brasil.

Organizada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), a Conferência contou com a presença de trabalhadores e entidades, como o Sindicato dos Vigilantes de Barueri, representado pelo presidente, Amaro Pereira, deputado distrital e diretor da CNTV, Chico Vigilante, técnico do Dieese, Thiago Oliveira, entre outras autoridades.

Entre os assuntos discutidos, destacou-se a reforma trabalhista, proposta pelo Governo de Michel Temer, que pode atingir direitos conquistados e impedir novos avanços.

Em relação ao tema, o deputado distrital, Chico Vigilante, ressaltou que o cenário atual é alarmante e incentivou a retomada de lutas de classe para combater essa mudança de conjuntura socioeconômica e manter as conquistas dos trabalhadores. O deputado ainda abordou a história do movimento sindical, destacando as lutas e forte resistência contra tentativas de privatização ao longo dos últimos anos.

Desafios da categoria

Os próximos desafios dos profissionais de vigilância privada, visando um futuro melhor para a categoria, como a conquista de um reajuste salarial acima da inflação, ampliação dos direitos das mulheres vigilantes, criação do Projeto de Lei “Vigilante 24 horas”, entre outros interesses, também ganharam destaque nas mesas de discussão da Conferência.

“A Conferência é uma oportunidade para sindicalistas e trabalhadores discutirem demandas que ainda não foram atendidas pelos patrões. Uma delas é a concessão do aumento real para uma categoria desvalorizada há mais de 10 anos no estado de São Paulo”, destacou Amaro Pereira.

No final do evento, o presidente da CNTV, José Boaventura, destacou o plano de lutas da categoria, que inclui a busca de salários mais dignos, segurança e melhores condições de trabalho.

Boaventura ainda mandou um recado para os patrões. “Não pensem em tirar os direitos dos trabalhadores e conquistas da categoria porque entidades e federações de todo país estão na luta”, ressaltou.