CNTV entrega carta à Prosegur exigindo respeito aos direitos dos trabalhadores
No final da última semana (17 e 18/9), o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura, entregou uma carta ao diretor de Recursos Humanos da Prosegur, em sua sede mundial, localizada em Madri, na Espanha, reivindicando o cumprimento dos direitos dos profissionais de segurança privada da empresa. O documento foi escrito por líderes de sindicatos que representam os trabalhadores.
“Além do Brasil, estamos vendo vários casos de desrespeito da Prosegur com profissionais em diversos países, como Chile, Colômbia e Peru. A postura conservadora da empresa multinacional prejudica a vida de milhares de trabalhadores. Temos casos de denúncias do não cumprimento de jornadas, intervalos para refeição e descanso, assédio moral, pressão psicológica, entre outros problemas”, afirma o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri, Amaro Pereira.
A carta destaca os interesses dos trabalhadores, como: diálogo franco e leal, respeito às leis, fim das mortes em serviço por negligência e ganância patronal, respeito às organizações sindicais e à dignidade dos trabalhadores, entre outros.
“O encaminhamento da carta à direção mundial da empresa deixa claro que não calaremos diante de tanta injustiça, violência e arrogância da empresa. São inaceitáveis as jornadas escravas e o banco ladrão no Brasil, a negativa de negociação nos mais de 50 dias de greve no Chile e a perseguição dos trabalhadores no Paraguai e Colômbia, entre outros. Não temos tolerância com a arrogância e o desrespeito”, enfatiza José Boaventura.
Os sindicalistas reivindicam a criação de um novo modelo global, que inclui procedimentos de conduta que a empresa multinacional deve seguir em respeito aos direitos dos trabalhadores.
“O Sindicato dos Vigilantes e a Confederação estão juntos nesta luta para transformar esta realidade injusta que muitos trabalhadores da empresa vivenciam em seus países. O acordo global vai facilitar o avanço das condições de trabalho, combate às injustiças, maior valorização e reconhecimento dos profissionais”, conclui Amaro Pereira.
*Com informações da CNTV