Campanha Salarial 2017: Sindicatos não aceitam contraproposta de reajuste salarial do patronal

Nesta quinta-feira, 8/12, os sindicatos, que representam os interesses dos profissionais de segurança privada do estado de São Paulo, se reuniram com o sindicato patronal, Sesvesp, em sua sede, para dar início às negociações da pauta de reivindicações da categoria.

Os patrões sugeriram um aumento de acordo como valor do IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), de 6,98% (mês de novembro), sobre o ticket-refeição e a cesta básica, um direito que ainda não é obrigatório a todo vigilante, sem interferir nas cláusulas econômicas.

A proposta contraria a reivindicação da categoria, que sempre negocia o reajuste salarial com base no valor do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), medido pelo IBGE, segundo o custo de vida da população de baixa renda. Diferentemente do IPCA, que mede a variação da inflação utilizando como referência o custo de vida médio das famílias das maiores cidades do país, independente da sua renda, que pode chegar até 40 salários mínimos.

O diretor do Sindicato dos Vigilantes de Barueri, Paulo Messias, esteve presente no encontro e elogiou a mobilização dos trabalhadores em frente ao local da reunião.

“A presença dos trabalhadores, munidos com carros de som, faixas a cartazes, foi extremamente positiva para fazer pressão frente ao posicionamento dos patrões e importante para os trabalhadores entenderem como funcionam as negociações coletivas”, declarou.

Nova reunião

No dia 15 de dezembro, a partir das 13h, no mesmo local, os sindicatos se reunirão novamente com o sindicato patronal para das continuidade às tratativas das negociações.

“Mais uma vez, peço a participação de todos para que juntos possamos fortalecer nossa luta em prol de uma melhor proposta de reajuste salarial e em defesa de outras melhorias”, conclui Paulo Messias.