Avanço em Negociações Coletivas é tema do Congresso Nacional dos Vigilantes
“O cenário é desfavorável diante da atual conjuntura, porém, é necessário resistir”. A afirmação é do supervisor Técnico do Dieese, Max Leno, um dos palestrantes do dia, e foi um dos entendimentos retirados da primeira mesa de debates do 2° dia do Congresso Nacional dos Vigilantes, promovido pela CNTV, em Brasília, nos dias 26, 27 e 28 de outubro.
O Sindicato dos Vigilantes de Barueri esteve representado no Congresso Nacional dos Vigilantes pelo presidente, Amaro Pereira, e o diretor Nailton Motinho, além dos trabalhadores da base Vagner de Lima Silva e Ademir Palmeira. “A gente sempre procura levar colegas da base para que possam aprender e compartilhar o conhecimento com os companheiros de trabalho”, afirma o presidente do Sindicato.
Leno apresentou um estudo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) acerca das negociações coletivas. Foi feito um panorama do atual quadro político e econômico para esclarecer aos vigilantes presentes como as mudanças interferem diretamente nos acordos da categoria, principalmente em âmbito nacional.
De acordo com o técnico, a profunda crise econômica impactou negativamente diversos seguimentos. Ele explica que a desaceleração da economia e a retração do Produto Interno Bruto (PIB) tem trazido inúmeros retrocessos e as nocivas reformas trabalhista e previdenciária intensificarão ainda mais esta situação.
“O cenário é complicado para toda classe trabalhadora, diante disso, é necessário que seja encontrada uma solução conjunta e a luta para intensificar a atuação sindical é uma das saídas possíveis para garantir e defender os direitos”, explica.
Segundo Max Leno, de 2015 a 2017 o Brasil registrou grandes índices de desemprego. “Esta é uma situação alarmante que deve ser intensamente combatida. A situação é delicada. Vivemos um colapso na economia e isto é, sem dúvida, um conjunto de ações – inflação, estagnação do mercado, reformas, congelamento dos investimentos e muitos outros fatores – com este cenário conjuntural, a situação torna-se adversa para as negociações coletivas, portanto é preciso reagir” ressalta.
No estudo apresentado acerca dos reflexos na segurança privada, o documento mostrou que houve diminuição no número novas contratações e aumento no índice de demissões. São Paulo, por exemplo, obteve o saldo mais negativo em relação às despensas.
Em contrapartida, no que diz respeito aos reajustes e Piso Salarial, houve saldo positivo. O estudo mostrou que nos últimos dez anos os vigilantes obtiveram crescimento significativo nas negociações.
“A nossa luta deve ser constante e todo dia. Temos mostrado como é possível alcançar vitórias e não vamos parar por aqui. Agora, vamos juntos, batalhar para garantir novos avanços para todos. Tudo que alcançamos até aqui foi obtido graças a união de toda categoria”, finalizou Paulo Henrique, diretor do SVNIT e um dos integrantes da mesa.
Fonte: CNTV