Artigo: Por mais segurança e respeito aos profissionais da segurança privada

Nos últimos dias, os crimes bárbaros contra os vigilantes que prestam serviço de escolta armada a empresas privadas ganharam os holofotes da mídia. Nós, da categoria de vigilância, estamos vivendo um cenário de muita violência e descaso em relação à proteção da vida desses profissionais.

De acordo com dados recentes da CNTV, ao longo de 2014, foram registrados 49 casos de ataques a carro-forte, oito mortes, 37 feridos e mais de 20 pessoas feitas reféns. Já em 2013, mais de 30 vigilantes morreram durante o expediente. Todos esses casos provam a falta de profissionalismo e cuidado das empresas com a vida dos trabalhadores, uma postura comum entre os patrões da área de segurança.

No próximo ano, sindicatos, confederações e categoria em geral precisam lutar por mais compromisso e atenção dos patrões com os vigilantes que arriscam suas vidas diariamente para proteger seus patrimônios. Faltam equipamentos e armamentos adequados de segurança, além disso, as jornadas de trabalho são exaustivas com péssimas condições de descanso.

Esta luta é urgente e precisa fazer parte da pauta reivindicatória do ano que vem a fim de evitar que ocorram novas tragédias. Vamos cobrar de autoridades um posicionamento mais firme e atuante frente a essa triste realidade que não atinge só os profissionais, mas causa sofrimento a muitas famílias também.

Amaro Pereira da Silva Filho
Presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri e diretor de Assuntos Jurídicos da CNTV-OS (Confederação Nacional dos Vigilantes)