A nobre vocação de ser pai e profissional da segurança privada

Neste domingo é o Dia dos Pais, uma data especial para celebrar aqueles que nos dão a vida, que nos educam, nos protegem e nos amam. Mas também é um dia para homenagear os pais que exercem uma profissão de risco e de responsabilidade: os trabalhadores da segurança privada.

Os profissionais da segurança privada cuidam da segurança pessoal e do patrimônio alheio, previnem e combatem crimes, garantem a ordem e a tranquilidade nos locais onde atuam. Eles são os olhos e os ouvidos da segurança pública, colaborando com as autoridades e as forças policiais.

Mas, diferentemente de ser pai, trabalhar na segurança privada é complicado. É uma jornada de trabalho, de estresse, de sacrifício e muitas vezes de falta de respeito.

É ter que lidar com a incerteza do futuro, com o risco de morte, com a falta de reconhecimento e de valorização.

Hoje existem cerca de 160 mil profissionais pais de família responsáveis pela segurança privada no Estado de São Paulo. Esses homens e mulheres enfrentam diariamente as dificuldades da profissão, como:

– O desemprego, baixos salários, ambientes de trabalho inadequados, postos de trabalho distantes de casa;

– O risco da atividade, que envolve situações de violência, assalto, sequestro, tiroteio e até morte.

– O desrespeito por parte das empresas e dos tomadores de serviço, o assédio moral e sexual, a violência psicológica;

– As normas trabalhistas que não são cumpridas, os atrasos nos salários, os direitos que não são pagos, o calote;

– A falta de segurança jurídica, a demora na resolução dos conflitos, os direitos trabalhistas negados, entre outros.

Ser pai e ser profissional da segurança privada são duas vocações nobres, dignas de orgulho, e neste Dia dos Pais nós, vigilantes, convidamos à reflexão:

Um Dia dos Pais ideal é aquele em que o trabalhador está empregado. Mas, para além disso, é aquele em que o profissional é respeitado, que tem salário digno e seus direitos estão garantidos.

É aquele em que ele sai para o trabalho e volta para casa em segurança, com um sorriso no rosto e o sustento para os seus filhos.

É a realidade de poucos, mas nossa esperança é que os próximos sejam melhores.

Amaro Pereira é presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri e diretor da CNTV