7ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos aponta 1.693 ocorrências no 1º Semestre

Na tarde desta segunda-feira, dia 25 de agosto, foi divulgada a 7ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo. O lançamento da pesquisa contou com a presença do presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri e secretário de assuntos jurídicos da (CNTV), Amaro Pereira, além de dirigentes de outras entidades e do Diesse (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

De acordo com os dados da pesquisa elaborada pela Contraf-CUT, CNTV, Federação dos Vigilantes do Paraná (Fetravisp), com apoio do técnico do Dieese, os ataques a bancos somaram um total de 1.693 ocorrências em todo país no primeiro semestre de 2014, que equivalem a nove casos por dia. O resultado representa um crescimento de 9,1% em relação aos números constatados no mesmo período do ano passado.

Desse total, 403 foram assaltos, incluindo sequestro de bancários e vigilantes, consumados ou não, e 1.290 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos. Já no primeiro semestre de 2013, foram registrados 1.552 ataques, sendo 433 assaltos e 1.119 arrombamentos.

A região Sudeste atingiu o maior número de ataques a bancos (691), seguida do Nordeste (454), Sul (392), Norte (84) e Centro-Oeste (72). Entre os estados do Brasil, São Paulo lidera o ranking de ocorrências, com 403 ataques. Em seguida, aparece Minas Gerais (236), Paraná (182), Rio Grande do Sul (125) e Bahia (120).

A pesquisa foi realizada a partir de notícias divulgadas na imprensa, estatísticas coletadas nas secretarias de segurança pública dos estados e informações de sindicatos e federações de vigilantes e bancários de todo o país. O levantamento também contou com o apoio do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região e da Fetec-CUT/PR.

Clique aqui para acessar a pesquisa nacional.

Vigilantes e bancários cobram medidas de prevenção à violência

A CNTV, a Contraf-CUT e a Fetravisp vão encaminhar cópia da pesquisa para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e para a Polícia Federal, enfatizando a necessidade urgente de encontrar soluções viáveis para prevenir ataques a bancos e proteger a segurança e vida das pessoas.

“Estes dados são alarmantes. Precisamos tomar providências logo para diminuir os ataques, que ocorrem, muitas vezes, por falta de investimentos, ausência de infraestrutura adequada das instalações dos estabelecimentos e ações concretas de segurança em agências bancárias e postos de atendimento, que preservem a vida das pessoas”, afirma o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri, Amaro Pereira.

Outra pesquisa aponta 32 mortes em assaltos nos bancos

Outro diagnóstico da violência nos bancos trata-se da recente pesquisa nacional sobre mortes em assaltos envolvendo bancos. No primeiro semestre de 2014, o levantamento apurou a ocorrência de 32 assassinatos, média de cinco vítimas por mês, significando um aumento de 6,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registradas 30 mortes.

O crime da “saidinha de banco” liderou o número de ocorrências, tendo provocado 20 mortes, representando 62,5% dos casos.

Conheça as propostas dos vigilantes e bancários para garantir segurança

– Porta giratória com detector de metais antes da sala de autoatendimento com recuo em relação à calçada, onde deve ser colocado um guarda-volumes com espaços chaveados e individualizados;

– Vidros blindados nas fachadas;

– Câmeras de vídeo em todos os espaços de circulação de clientes, bem como nas calçadas e áreas de estacionamento, com monitoramento em tempo real e com imagens de boa qualidade para auxiliar na identificação de suspeitos;

– Biombos ou tapumes entre a fila de espera e a bateria de caixas;

– Divisórias individualizadas entre os caixas, inclusive os eletrônicos;

– Cumprimento do plano de segurança de cada estabelecimento, conforme prevê a lei nº 7.102/83, garantindo a presença de no mínimo dois vigilantes, enquanto houver bancários e clientes em agências e postos de atendimento;

– Fim da guarda das chaves de cofres e das unidades por bancários e vigilantes, ficando as chaves na sede das empresas de segurança, ou então abertura e fechamento por controle remoto;

– Proibição do transporte de valores por bancários; operações de embarque e desembarque de carros fortes somente em locais exclusivos e seguros; e fim do manuseio e contagem de numerário por vigilantes no abastecimento de caixas eletrônicos;

– Atendimento médico e psicológico para trabalhadores e clientes vítimas de assaltos, sequestros e extorsões;

– Escudos e assentos no interior das agências e postos de atendimento para os vigilantes;

– Instalação de caixas eletrônicos somente em locais seguros;

– Maior controle e fiscalização do Exército no transporte, armazenagem e comércio de explosivos;

– Isenção das tarifas de transferência de recursos (DOC, TED) para reduzir a circulação de dinheiro, a fim de combater o crime da “saidinha de banco”.
Por Assessoria, Contraf-CUT, CNTV e Fetravisp